Líder da extrema direita francesa se torna inelegível 

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Marine Le Pen líder da extrema direita no país, inelegível por cinco anos nesta segunda-feira (31). A decisão impede que ela dispute as eleições presidenciais de 2027, para as quais liderava as pesquisas. Le Pen já concorreu três vezes à Presidência e perdeu as últimas duas disputas para Emmanuel Macron.

Além da inelegibilidade, Le Pen foi condenada a quatro anos de prisão – dois em regime domiciliar e dois suspensos –, além de multa de 100 mil euros (cerca de R$ 624 mil). Ela foi considerada culpada de desviar verbas do Parlamento Europeu para financiar funcionários de seu partido, o Reunião Nacional (RN). Segundo a Justiça, mais de 20 lideranças do RN participaram do esquema. A juíza Bénédicte de Perthuis afirmou que os assistentes parlamentares pagos com recursos europeus “estavam realmente trabalhando para o partido”.

Le Pen negou qualquer irregularidade durante o julgamento e, segundo a Reuters, balançou a cabeça em sinal de descontentamento ao ouvir a sentença. Ela deixou o tribunal antes do anúncio final. Promotores haviam pedido uma pena mais severa, incluindo multa de 300 mil euros (cerca de R$ 1,9 milhão).

A decisão gera forte impacto político na França. O RN classificou a sentença como um ataque à democracia, enquanto líderes da extrema direita, como Viktor Orbán, da Hungria, e o Kremlin, criticaram o veredito.

O principal nome para substituí-la é Jordan Bardella, presidente do RN. Ele afirmou que “a democracia foi assassinada”, mas não confirmou se será candidato.

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