Presidente comparou cenário político ao futebol e minimizou desgaste causado por escândalos no INSS e queda na aprovação
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Durante uma conversa com jornalistas em Paris, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que, apesar da fase ruim da seleção brasileira de futebol, o Brasil “está melhor na política”. A declaração ocorre em meio a um contexto de queda na aprovação do governo e polêmicas envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
“Se no futebol a gente não está lá essas coisas, na política nós estamos melhor. As coisas estão acontecendo. A economia brasileira vai continuar crescendo, a massa salarial vai continuar crescendo, o PIB vai continuar crescendo”, afirmou o presidente.
O comentário veio após o empate em 0 a 0 entre Brasil e Equador nas Eliminatórias da Copa do Mundo, estreia do técnico Carlo Ancelotti à frente da seleção masculina. A equipe ocupa atualmente a quarta colocação, com desempenho abaixo do esperado.
No cenário político, entretanto, os números indicam um desgaste crescente. Segundo levantamento do instituto PoderData divulgado nesta semana, a desaprovação de Lula subiu para 56% — o maior índice desde o início do seu terceiro mandato. A aprovação caiu de 41% para 39% em apenas dois meses.
A pesquisa foi realizada entre os dias 31 de maio e 2 de junho e reflete, entre outros fatores, a repercussão do caso de descontos indevidos em aposentadorias e outros benefícios pagos pelo INSS.
Apesar da pressão, Lula defendeu que os indicadores econômicos seguem positivos e que o Brasil “voltou a ser respeitado” internacionalmente. Ainda assim, a inflação de alimentos, o aumento do endividamento das famílias e os desafios fiscais continuam pesando sobre a popularidade do governo.
