Condenada a 10 anos de prisão, Carla Zambelli deixa o país e pede dinheiro a apoiadores antes de embarcar

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A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), uma das figuras mais emblemáticas do bolsonarismo, deixou o Brasil após ser condenada a 10 anos e 8 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A pena, aplicada em regime inicialmente fechado, é consequência de seu envolvimento em atos antidemocráticos e pela perseguição armada a um homem nas ruas de São Paulo, às vésperas do segundo turno das eleições de 2022.

Antes de embarcar, Zambelli iniciou uma campanha de arrecadação nas redes sociais, pedindo dinheiro aos seus seguidores por meio de transferências via Pix. Em publicações, a parlamentar afirmou estar sendo vítima de “perseguição política” e apelou ao apoio financeiro de seus seguidores para enfrentar o que chamou de “injustiça do sistema”.

A estratégia de pedir doações diretamente à base já havia sido usada por Zambelli em outros momentos de crise, mas desta vez chamou atenção pelo contexto: o pedido ocorreu pouco antes de ela deixar o país, aumentando as suspeitas sobre uma possível tentativa de fuga e despertando críticas até mesmo entre aliados.

Fontes próximas confirmam que a deputada embarcou para o exterior logo após a decisão do STF ser publicada. O destino, até o momento, não foi oficialmente divulgado. A Procuradoria-Geral da República ainda não se pronunciou sobre a possibilidade de extradição ou perda de mandato.

Zambelli nega estar em fuga e afirma que sua viagem já estava planejada, embora sua assessoria não tenha respondido aos pedidos de esclarecimento.

A repercussão do caso promete abalar o núcleo mais radical do bolsonarismo no Congresso e reacende o debate sobre o uso político das redes sociais e da arrecadação digital por figuras públicas em meio a investigações e processos judiciais.

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