O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL-RJ) afirmou nesta quinta-feira (5) à Polícia Federal que transferiu R$ 2 milhões para o filho Eduardo Bolsonaro, atualmente residindo nos Estados Unidos. Segundo ele, o valor foi enviado via Pix após o parlamentar pedir apoio financeiro para sustentar a família no exterior. Bolsonaro alegou que o dinheiro veio de doações eleitorais recebidas durante a campanha de 2022.
“Foi depositado na minha conta R$ 17 milhões, e eu coloquei R$ 2 milhões na conta dele. Lá fora tudo é mais caro, eu tenho dois netos, não quero que ele passe por dificuldade”, declarou o ex-presidente à imprensa, após cerca de duas horas de depoimento na sede da PF, no inquérito que apura a atuação do deputado federal licenciado nos Estados Unidos.
Ainda segundo Bolsonaro, a transferência foi completamente legal. “Dinheiro limpo, legal, no Pix. A acusação é que estou financiando atos antidemocráticos”, afirmou. O inquérito investiga suposto financiamento de ações consideradas antidemocráticas com foco em atividades de Eduardo Bolsonaro no exterior.
A defesa do ex-presidente, representada pelo advogado Paulo Bueno, informou que não há medidas cautelares impostas contra Bolsonaro. Ele também reforçou que Eduardo ainda não foi intimado a depor. Sobre a deputada Carla Zambelli (PL-SP), cuja investigação corre em paralelo, Bolsonaro afirmou que não tem relação com o caso. “Não botei dinheiro no Pix dela, fui ouvido apenas sobre o valor enviado ao meu filho”, afirmou.